sábado, 31 de outubro de 2009

Rainbow

A palavra inglesa para arco-íris é uma das minhas preferidas... Ontem e hoje tive arco-íris lindos para admirar. O de ontem, imenssssssso, não consegui fotografar porque não achava a bateria da máquina. Mas hoje consegui captá-lo...Sempre que tenho arco-íris nos meus dias, fico com a sensação de que nada pode dar errado...

The Way We Were


"A forma como éramos" é a tradução do título original do filme de 1973, que,no Brasil, recebeu o nome de "Nosso Amor de Ontem". Nesse romance, onde, ao meu ver, Robert Redford está no auge de sua beleza (e olha que meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas) e Streisand no seu primor interpretativo, a história se inicia no pré-Segunda Guerra e mostra a evolução do relacionamento do casal vivido por esses atores.
Pequei esse DVD (e, felizmente, a locadora de DVDs raros a qual me filiei nesse ano tem realizado todos os meus desejos cinematógraficos) porque conversava sobre uma colega de trabalho sobre filmes, ela falando do quanto chorou nas cinco vezes que assistiu a "E o Vento Levou", e eu falei dela sobre "Nosso Amor de Ontem", que eu assisti com 13 anos na casa de uma amiga e é o primeiro filme que me lembro de ter chorado ao ver.
E será que um filme que eu vi aos 13 anos seria visto agora por mim com os mesmo olhos, 22 anos depois?
Sim...As mesmas sensações que eu tive com 13 anos (eu era mesmo muito madura na adolescência para ter tido os insigths que eu tive com o filme...rs) eu tive agora, só que agora eu chorei mais (acho que porque já sabia da história toda, com 13 anos eu tinha mais esperança ao ver o filme se desenrolando). Só de ouvir o primeiro acorde da música tema ( http://www.youtube.com/watch?v=GNEcQS4tXgQ&feature=related ) eu já choro, a ponto do meu filho chegar perto de mim e dizer "calma, mãe, é só um filme" (meu filho de 9 anos é um gentleman, irá fazer muita mulher feliz quando for namorá-las; queria um namorado com a sensibilidade do meu filho e isso é uma coisa que, com certeza, ele não puxou do pai).
As cenas que eu me lembrava do filme eram apenas duas: eles se mudando para uma casa no litoral, ela sobre uma escada, arrumando os livros na estante, Redford de jeans e polo preta pegando-a por trás e a beijando (é uma das cenas do período rosa do amor deles);e a cena final, onde ela ajeita o cabelo dele do jeito que sempre fez e... (não posso contar mais aqui). Mas rever o filme me fez ter outras imagens na memória sobre ele: a decoraçao do apartamento dela, a primeira vez que ela faz amor com ele e chora - porque só ela fez amor, na verdade-, as cenas em barcos...
E daí escrevi sobre:
A Forma que eram em Nosso Amor de Ontem

Esse amor que não se cumpre
ela adiantada
ele sempre atrasado.
Ele troca o uniforme militar
pela máquina de escrever
e ela continua em guerra
pela paz
com os outros
consigo mesma.
Ela com a mão estendida
e ele sempre a soltando, soltando
e soltando
e se vai, vai e vai
e ela fica,
com a filha
com seu nunca desistir
com o querer ainda
do que não se é mais.
O amor nosso era só dela.
O amor dela é de ontem
de hoje
e de sempre
e, ainda assim,
um amor que não se cumpre.
Um romance clássico que valeu a pena rever, mesmo chorando. Chorar também pode fazer bem.





sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A bruxa está solta




Já me disseram que tenho um lado bruxinha do bem, devido a uma extrema sensibilidade. Ainda não sei ao certo quando meu lado bruxa está realmente atuando ou não, é algo que só se sabe a posteriori. Saber antes nem sempre é confortável. Ouvir o que ainda não foi pronunciado pode ser confuso. Sou humana, sobretudo.
Halloween não é uma festa comum no nosso Brasil, mas a globalização tem trazido essa festa para perto de nós também. Gosto da possibilidade das gostosuras e travessuras...
Happy Halloween!!! E compartilhemos gostosuras...


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Feriadão pré-férias...Vida boa!


Quatro dias para ficar de pernas para o ar! Claro que não farei só isso: aluguei DVDs, tenho que terminar minha literatura sobre minha viagem antes de embarcar, há o niver do meu sobrinho (nossa, parece que ontem eu estava assistindo seu parto e agora ele, lindo, já faz um aninho!), tenho que por ordem aqui na minha morada, estudar com meu filhote, que está em semana de prova... e acertar os detalhes finais, pois é meu último fim de semana aqui antes das férias.
Hoje tenho pensado sobre generosidade, sobre esperar menos dos outros e doar-se mais... Não é fácil, mas é algo que pode ser gratificante quando sabemos fazer isso sem nos anular. Não nos anular, acredito eu, significa alimentar relações satisfatórias, equilibradas em trocas e onde o outro nos dá o devido valor. E isso só é possível quando nós mesmos sabemos nos dar esse nosso valor e estamos satisfeitos com a gente. Gosto de ofertar, deixar as pessoas que estimo cientes que me são especiais - mesmo que essas pessoas não estejam prontas para receber. E, por outro lado, não insisto nem peço o que sei que o outro não pode me dar. Não sei se estarei viva no minuto seguinte, então me sinto melhor fazendo o que acho ser a minha parte... Não fico em dívida comigo mesma.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Abril em Paris


Este ó título de um dos livros que leio agora.
Gosto de histórias que se passam no período da Segunda Guerra Mundial, porque nelas tento entender como as pessoas tentavam viver, amar e encontrar felicidade em algo, mesmo em meio a tanta atrocidade. Também gosto de observar o partido que as pessoas tomaram durante a guerra e como lidaram com isso. Além disso, não me permito esquecer das vidas ceifadas pela guerra, por todas as guerras, e busco continuar acreditando que outras alternativas deveriam ser possíveis e o nosso mundo mais pacífico.
Já li muitos livros sobre a ocupação Nazista em Paris e a luta da Resistência nesse período. Queria encontrar alguém que fora da Resistência e ouvir a sua história. Andarei nas ruas parisienses e meu olhar buscará o que os livros me contaram, e ouvirei os sussurros da história.
Em "Abril em Paris" há a Segunda Guerra, há o Nazismo, há a Resistência e há o amor de um alemão (que tem um coração francês, nas palavras da francesa) por uma Resistente:
"Nu, sentado na cama, eu tentava traçar para nós a época que sucederia a guerra. Como se meu pensamento fraco tivesse força para tornar tudo realidade. Eu esqueci a Europa devastada e criei uma ilha de normalidade. No olhar que Chantal desviava, nas suas respostas escassas, percebi que ela não acreditava nesse futuro. Para ela, o presente era confuso demais para que se pudesse visualizar um único dia sequer do futuro" (...).
Um livro onde há pessoas que se recusam em ficar em cima do muro. Onde há possibilidade de se ainda entender parte do mundo pelas fábulas de La Fontaine. Onde há abril, mas também há outros meses...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Enquanto preparo as malas...


...eu reflito:
"Prescindir da esperança significa que eu tenho que passar a viver, e não apenas a me prometer a vida". Essa frase de Clarice Lispector vem de encontro ao que eu e uma amiga conversamos hoje: certas experiências em nossas vidas (no caso dela, preocupações com a saúde do marido, no meu caso, um acidente de carro) nos obriga a focar mais no nosso hoje e evitar fazer planos a longo prazo. Eu, que sempre gostei de planejar e tentar controlar o meu destino, me vejo me apegando ao hoje com uma força ferrenha. E também com receios de fazer planos e ter que abrir mão deles... Não estou triste: sinceramente, não me lembro de períodos anteriores em minha vida onde eu me sentisse mais realizada e feliz. No entanto, não tenho tantas esperanças quanto tinha, não anseio tanto quanto anseava.. Atualmente, só consigo pensar até novembro, até minha viagem tão desejada e planejada. E depois, só consigo ver a minha mudança para o meu apartamento novo. Não consigo nem imaginar qual a próxima viagem que priorizarei (sinal claro que estou mesmo mudada...risos), que propostas (que bom que ainda me fazem propostas, sejam estas pessoais ou profissionais) aceitarei, onde passarei o Reveillon... No budismo dizem que a ausência de desejo traz serenidade. Mas este não é o meu caso, pois desejo ainda tenho, e muitos. Talvez eu só não os esteja nomeando...

domingo, 25 de outubro de 2009

J'adore!!!!!!!!!!!!!!







Comecei a estudar francê há dois meses e estou absolutamente apaixonada pela língua. Nunca tinha estudado francês e agora vejo detalhes desse idioma se agregar ao meu cotidiano. Nessa semana aprendi a diferença de nuances entre j'aime, j'aime beaucoup et j'adore... "Adore" est plus!!!! J'adore Audrey Hepburn e ontem revi o DVD de Sabrina, um dos filmes dela que faço questão de ter na minha coleção pessoal. No filme, a filha do chofeur de uma rica família, vivida por Audrey, é apaixonada por um dos filhos dessa família, que não a percebe...Ela vai a Paris para estudar gastrononia, encontra um bom amigo por lá que a ajuda descobrir "la vie en rose" e quando ela retorna ao EUA, ela é agora uma nova mulher, cheia de glamour e pronta para rever o que ela "adore" realmente...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Uma questão de "timing"


Ontem eu estava abatidinha, desanimada com alguns acontecimentos...Mas nada como um dia após o outro e uma nova manhã. Quando acordei chovia à cantaros e o dia cinzento indicava que seria sombrio, porém não o foi. Tive conversas amigas, almocei num dos meus restaurantes preferidos, comprei lingerie e sapatos novos, fui ao cinema, ouvi minha música preferida no rádio quando o liguei buscando por ela, recebi uma ligação que eu esperava e notícias que tenho aguardado cotidianamamente...


E o principal: recebi os vouchers de minha viagem sonhada e isso me fez lembrar de minhas conquistas: trabalho e com ele realizo os meus sonhos e os do meu filho. Fiquei orgulhosa de mim, por poder oferecer a mim mesma o que desejo, o que projeto. Tenho cumprido todos os objetivos que propus a mim mesma e essa sensação é única.



Sonho com a Itália desde a minha adolescência. O primeiro dinheiro que eu guardei para esse fim fora empregado nos armários do meu antigo apartamento, há uns 7 anos atrás, quando me dei conta que meu filho precisa de uma área para brincar e nos mudamos para um condomínio com área de lazer. Dessa vez, tive que comprar um outro apartamento para eu e meu filho, que também tivesse a área de lazer para ele brincar em segurança e com espaço, mas meu trabalho me possibilitou reservar o dinheiro para a decoração e armários. E me permitiu também realizar meu sonho de conhecer a Itália e Paris.



O meu objetivo nas viagens é sempre voltar melhor do que fui. Este é um dos motivos porque adoro viajar e pretendo fazer isso muitas e muitas vezes ainda. Essa viagem, porém, é especial, muito ansiada por anos e por motivos vários, sejam estes antigos ou mais recentes. Como disse Giancarlo Ricci, ao falar da importância das viagens na vida de Freud (no livro "As Cidades de Freud"), numa "viagem encontrará outras estrelas que lhe permitirão orientar-se, mas só a ele saberá reconhecê-las e redesenhar um mapa adequado". É isso que sinto: essa viagem me proporcionará um novo horizonte, com estrelas que até então eu desconhecia e voltarei com um mapa que me levará a novas rotas, projetos e realizações.


Percebo também que o momento de fazer essa viagem era mesmo agora. Muitas coisas na vida tem seu "timing", seu momento mais apropriado. O filme que vi hoje ("Novidades no Amor") me fez lembrar desse termo. Algumas coisas que não aconteceram como e quando planejamos podem acontecer com mais plenitude tempos depois. Agora viajarei sozinha, meu filho ficará em boas mãos e estou plenamente aberta para o novo, para o que o horizonte me apresentar.


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Amores (im)possíveis


Quando ela está bem consigo mesma e ciente de sua feminilidade, todos percebem. As amigas elogiam sua pele e seu estilo e sua radiosidade, os homens parecem ser atraídos como abelhas ao mel: os poetas, os galantes, os casados, os novinhos, os inseguros, os antigos, os distantes, os inconvenientes, os estranhos, os velhos conhecidos, os recém-apresentados... Todos querem sua atenção. Ela não quer todos, mas também não quer qualquer um. Ela só quer um, que seja possível. De verdade.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Fazer o bem sem olhar a quem


Tem dias que cismo que preciso ser malvada. Não tolerar tanto, nao ser tão pacífica, por a boca no trombone, dizer não e não e não... Mas não consigo: essa vontade de cuidar e estar sempre perdoando é intrínseca.
A boa notícia é que atualmente sou capaz de virar páginas rapidamente, adaptar-me às mudanças, criar novos projetos quando os antigos se findaram ou não se mostram mais viáveis, não prolongar lágrimas, me desapegar mais facilmente do que for necessário.
Contudo, continuo gostando de colo e atenção. Quem dá mais?

domingo, 18 de outubro de 2009

Recordando



Esse domingo nublado quase me fez esquecer que estamos na primavera. O horário hoje já é de verão. Certas imagens hoje na minha memória me faz sentir o frio do inverno.

Há alguns anos, uma amiga de trabalho morreu num acidente de carro, junto com um dos filhos e o marido. Um dos filhos sobreviveu. A última imagem que tinha dela foi uma conversa que tivemos na sexta, antes da viagem fatídica: eu estava voltando de férias, chegando para o meu turno de trabalho e ela já encerrando o dela, quando me cumprimenta e pergunta se eu saberia informar onde ela poderia comprar um terninho para o filho de 4 anos, pois estavam indo ao casamento da irmã dela no fim de semana. Na volta do casamento, houve o acidente.

Ontem levei meu filho para experimentar um terno, pois iria ao casamento de seu padrinho, numa cidade no interior. Ao chegar na loja, lembrei da conversa com minha amiga antes que falecesse, e, na época, eu não sabia indicar um lugar para ela. Agora eu saberia. Fiquei preocupada com a viagem do meu filho ontem. Desde um acidente que sofremos em janeiro, também de carro, mas sem danos mais graves aos que estavam no veículo, a idéia de viagem em estradas sempre me causam um desconforto emocional. No fim de tarde, o pai dele me avisa que não viajaram, pois quando estavam saindo de Belo Horizonte um caminhão bateu neles, nada sério, mas devido a falta de retrovisor, não poderiam seguir viagem. Meus pais e irmã e a família desta também estiveram na estrada ontem, mas chegaram bem ao destino deles, felizmente.

Hoje estou com essas imagens na mente. Chorei ao lembrar de minha amiga e de sua família. Chorei de alívio por meu filho estar bem. Chorei de saudades dos meus afetos ausentes.

Saudades tem sido um sentimento rotineiro para mim, ultimamente...

Nós mesmos e os que estimamos estão sempre trilhando novos ou os mesmos caminhos; viver é isso, mesmo que num dado momento não se possa voltar ou não concluir a viagem...Um motivo amais para pensar como Renato Russo, quando ele diz que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há".

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Te Amarei para Sempre







"Te amarei para Sempre" é o título do filme que assisti no cinema nessa tarde. O nome em português não é muito apropriado para a trama. O título original, em ingês, "The time traveler’s wife" (A Esposa do Viajante do Tempo) retrata melhor o que o enredo. No filme, o personagem de Eric Bana (que acho uma graça desde que o vi em Tróia e Munique) tem um disfunção genética que o faz, involuntariamente, viajar pelo tempo. Ele, nessas viagens, encontra a sua futura esposa ainda criança e elá só o conhecerá "realmente" quando já for adulta. Quando se casam, ela tem que se adaptar às idas e vindas do do seu parceiro, que nunca são possívés de prever quando ocorrerão. O filme fala de esperas, de amores fortes o suficiente para suportarem distâncias no espaço-tempo, de livre-arbítrio.
O filme me lembrou um pouco outro que amo, que é o "Em Algum Lugar do Passado". So que, em "Te Amarei para Sempre", a noção que se tem é que o destino não é tão fatídico, como foi "Em Algum Lugar do Passado". Temos escolhas, sim!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Feriado veio e já se foi


Descer do salto glamouroso (e falando em glamour, esse atributo se aplica perfeitamente a Catherine Deneuve em Belle de Jour, filme que assisti em DVD nesse domingo) do fim de semana prolongado para retornar ao trabalho. Fiz tantas coisas, tantas boas coisas, mas sempre há algo por se fazer, não?

domingo, 11 de outubro de 2009

Rome Adventure


Uma amiga me mandou um torpedo outro dia, recomendando-me esse filme, que eu deveria ver antes de viajar a Itália, e citando que lá é "onde o amor acontece". Se esperar pela festa é melhor que esta, viajar antes da viagem propriamente dita, seja pela literatura ou pelo cinema, me é uma forma de já estar lá.
Minha ligação com a Itália é algo de anos. Brinco que minha alma é uma alma antiga, pois adoro saber do que aconteceu antes de mim (como mulher curiosa que sou), do que toda a história contém, e, nesse sentido, a Itália me soa perfeita, tanto pelos seus milênios de relíquias humanas, vindas desde os etruscos até ao designer contemporâneo, tanto pelas explosões artísticas das quais foi berço. O Renascimento, por exemplo, me enaltece. O musicalidade do idioma italiano me soa como aconchego. Autores como Dante e Eco representam, para mim, um ápice na literatura. A paisagem da bota, seja à altura dos Alpes Dolomíticos e Apeninos, ou os vulcões, campos toscanos, litorais mediterrâneos - como a Costa Amalfanita, lagos, a Veneza adriática, os monumentos, enfim, tudo na Itália tem o poder de me envolver e me faz desejar estar lá. Por isso, estou certa que minha viagem para lá em novembro vai ser a primeira de muitas. E talvez, um dia, como Frances Mayes, autora de Sob o Sol da Toscana, eu também faça da região a minha casa, onde poderei caminhar diariamente em estradas etruscas, ir à feira para comprar alcachofras e trufas perfeitas, cozinhar pastas orginais, escrever poemas olhando os campos de girassóis pela janela, com a taça de um Brunello ao lado.
Rome Adventure é o título original de Candelabro Italiano, de 1962. Um filme com um quê feminista, mas incrivelmente romântico, para quem gosta do gênero. Os diálogos no filme podem ser poéticos, mas também são inteligentes: "é empolgante estar livre, mas também é assustador"; "voltar para casa mais triste, porém mais sábia", "eu o avisei que o nunca não existe". .. As cenas pela norte da Itália são perfeitas: piqueniques na relva, chalé nas montanhas, Arezzo, Davi de Michelangelo, vespa na estrada, lago Magiore, Orvieto... A cena onde dissertam sobre o movimento das gotas de chuva na vidraça é singular. Enfim, recomendo o filme para os românticos de plantão, independente do grau de interesse pela Itália.
Vou à Itália com a mesma expectativa que Wagner descreveu: "aqui meu coração sentiu paz e se encheu de esperança de um futuro novo e harmonioso". Quero a serenidade. No filme, Prudence, a protagonista, diz que lhe avisaram que quando encontramos o homem da nossa vida, ouvimos os sinos tocarem...Com tantas igrejas com sinos pela Itália, acho que vou ficar meio confusa...(risos!) Por isso, acredito que seja melhor (mais prudente, como sugere o nome da personagem) manter meu coração em arrebatamento apenas pelas CIDADES italianas! E há algo que eu posso confessar sempre: amo a Itália. E nem precisei estar lá para esse amor acontecer.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Felicidades


Estou lendo agora "O Leitor", de Bernhard Schlink. É o livro que deu origem ao filme com título homônimo em português. Prefiro que os livros antecedam aos filmes no meu conhecimento. Este é um livro que tem se revelado muito sensual, mas pressinto que resultará em tragédias humanas. Hoje, entre as páginas que li, se destacaram dois páragrafos (eu os li pela manhã, a caminho do trabalho...Eu tinha acordado hoje com uma saudade do que deixará de ser. O sentimento beirava à uma melancolia, mas depois percebi que não preciso atencipar o luto pela felicidade que passará) que compartilho aqui:

"Por que pensar naquela época me deixa tão triste? Será a saudade de uma felicidade passada? E eu fui feliz nas semanas seguintes, em que estudei (...) e nós nos amamos como se nada mais contasse no mundo. Ou foi pelo que se soube depois, o que estava lá o tempo todo mas que só veio à luz depois?

Por quê? Será porque aquilo que foi belo se torna frágil para nós em retrospectiva, por esconder verdades sombrias?Por que a lembrança de anos felizes de casamento se estraga quando se revela que o outro tinha um amante durante todos aqueles anos? Será porque não se pode ser feliz em tal situação? Mas a pessoa era feliz! Às vezes a lembrança não é fiel à felicidade quando o fim foi doloroso. Será por que a felicidade só vale quando permanece para sempre?"

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Sacro e o Profano


Tarde de compras! Primeiro passamos pela loja e Café Bistrô Sagrado, em Belo Horizonte. E que vontade de levar tudo para minha casa, dos lustres às bandejas floridas, dos espelhos venezianos às almofadas francesas, dos pesos para porta com plumas aos papéis de parede adamascados... Um verdadeiro banquete para os olhos! Porém, resisti bravamente e nada comprei, mesmo porque minha vida continua encaixotada até meu novo apartamento ficar pronto. Preciso partir para a decoração concreta dele antes de voltar a fazer compras que visem o meu lar.
Em seguida, fomos à Non Santa, praticamente ao lado do Sagrado. Entrada furtiva para os caminhos quase subterrâneos da loja glamourosa, onde podemos cultuar o prazer. Lingeries, oléos, géis, perfumes, sabores. Quero tudo e não resisto bravamente à muitos ítens! Sacola na mão e volta para casa. Ambas as lojas tem um quê francês, então foi como um ensaio para Paris.

domingo, 4 de outubro de 2009

Só porque é domingo...


Dormir bem, sonhar com o que meu próximo novembro anuncia, acordar com um sol morno atravessando as cortinas e me dá conta que é domingo: estou feliz. Saber que não tenho compromisso nenhum hoje, só mesmo com o meu bem estar. Vou terminar de ver o filme Duets em Dvd, por minha leitura em dia, tomar mingau de aveia (finalmente começando a usar a Linhaça que minha amiga Liege tanto recomendou) no café, fazer um macarrão com molho creme de atum para o almoço, brigadeiro de panela para sobremesa, matar a saudade de certas músicas (ouvi Beatles no Lord Pub sexta e isso me deixou nostálgica) e ter tempo para flertar com meus sonhos e projetos. C'est la vie. Viver é simples por tantas vezes!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Música e tempo

A semana se foi, o fim de semana vem aí...O tempo passa, e passa rápido. Por isso minha ânsia por aproveitar bem meus agoras. Como hoje estou em clima musical (e pretendo sair para dançar nessa noite), deixo uma música que amo e que trata sobre essa fugacidade do tempo.

Dust In The Wind
Kansas/Sara Brightman

I close my eyes
Only for a moment and the moment’s gone
All my dreams
Pass before my eyes, a curiosity
Dust in the wind
All they are is dust in the wind
Same old song
Just a drop of water in an endless sea
All we doCrumbles to the ground though we refuse to see
Dust in the wind
All we are is dust in the wind
Don’t hang on
Nothing lasts forever but the earth and sky
It slips away
And all your money won’t another minute buy
Dust in the wind
All we are is dust in the wind
(all we are is dust in the wind)
Dust in the windEverything is dust in the wind
(everything is dust in the wind)

Tradução:
Poeira ao Vento
Eu fecho meus olhos
Somente por um momento e o momento acaba
.Todos os meus sonhos
Passam diante de meus olhos, uma curiosidade
.Poeira ao vento,
Tudo que [os sonhos] são é poeira ao vento.
A mesma velha canção,
Apenas uma gota de água num mar sem fim.
Tudo que fazemos,
Demorona-se no chão, embora nos recusemos a ver.
Poeira ao vento,
Tudo que somos é poeira ao vento.
Não insista,
Nada dura para sempre,
exceto a terra e o céu
tudo] desaparece,
E todo o seu dinheiro não comprará outro minuto.
Poeira ao vento,
Tudo que somos é poeira ao vento...
(tudo que somos é poeira ao vento)
Poeira ao vento,Tudo é poeira ao vento...
(tudo é poeira ao vento)

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=1qxSwJC3Ly0

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mimando-me


Uma das melhores coisas de trabalhar só pelas manhãs é, ao meu ver, poder ir ao cinema à tarde. Simplesmente amo e me dá aquela sensação de que tenho qualidade de vida. Adoro cinema. Todos os gêneros, todas as épocas. E, nas minhas escolhas do que assistir, há os dias, por exemplo, de Usina (precedido de um almoço à la italiana), ou dias de
Cinema em Shoping...Hoje foi dia de Cinermark: cadeiras confortáveis, tela gigante, som límpido, cinema quase vazio. Perfeito. E aí a tarde combina com leveza, jovialidade: almoço no Eddies (sim! Milk Shake de chocolate com hamburguer e onion rings), ao som de músicas dos anos 60. Para continuar nesse clima, me dei de presente um DVD do filme "Greese: Nos Tempos da Brilhantina", que estava em promoção numa loja no Shoping. A tarde me pedia uma comédia e lá fui eu, rir bastante com o "Verdade Nua e Crua" (fotos postadas aqui). Pode ser uma comédia sem grandes pretensões, mas conseguiu até me fazer refletir sobre as nossas idealizações sobre o par ideal e sobre as vezes que tentamos nos adequar à imagem que o outro faz desse par ideal. Ideal não é real.
Adoro tardes assim, despretensiosas, mas incríveis e realmente prazeirosas. Acredito que precisamos cuidar bem de nós mesmos, não esperar isso apenas do outro. Ah, e no filme há uma menção engraçada, próxima a essa que fiz aqui, quando o personagem principal faz uma menção mais explícita em relação ao "se dar prazer"...rs Concordo!