domingo, 18 de outubro de 2009

Recordando



Esse domingo nublado quase me fez esquecer que estamos na primavera. O horário hoje já é de verão. Certas imagens hoje na minha memória me faz sentir o frio do inverno.

Há alguns anos, uma amiga de trabalho morreu num acidente de carro, junto com um dos filhos e o marido. Um dos filhos sobreviveu. A última imagem que tinha dela foi uma conversa que tivemos na sexta, antes da viagem fatídica: eu estava voltando de férias, chegando para o meu turno de trabalho e ela já encerrando o dela, quando me cumprimenta e pergunta se eu saberia informar onde ela poderia comprar um terninho para o filho de 4 anos, pois estavam indo ao casamento da irmã dela no fim de semana. Na volta do casamento, houve o acidente.

Ontem levei meu filho para experimentar um terno, pois iria ao casamento de seu padrinho, numa cidade no interior. Ao chegar na loja, lembrei da conversa com minha amiga antes que falecesse, e, na época, eu não sabia indicar um lugar para ela. Agora eu saberia. Fiquei preocupada com a viagem do meu filho ontem. Desde um acidente que sofremos em janeiro, também de carro, mas sem danos mais graves aos que estavam no veículo, a idéia de viagem em estradas sempre me causam um desconforto emocional. No fim de tarde, o pai dele me avisa que não viajaram, pois quando estavam saindo de Belo Horizonte um caminhão bateu neles, nada sério, mas devido a falta de retrovisor, não poderiam seguir viagem. Meus pais e irmã e a família desta também estiveram na estrada ontem, mas chegaram bem ao destino deles, felizmente.

Hoje estou com essas imagens na mente. Chorei ao lembrar de minha amiga e de sua família. Chorei de alívio por meu filho estar bem. Chorei de saudades dos meus afetos ausentes.

Saudades tem sido um sentimento rotineiro para mim, ultimamente...

Nós mesmos e os que estimamos estão sempre trilhando novos ou os mesmos caminhos; viver é isso, mesmo que num dado momento não se possa voltar ou não concluir a viagem...Um motivo amais para pensar como Renato Russo, quando ele diz que "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há".

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